Após fuga de Zambelli, apreensão de passaporte deve ser ‘regra geral’ no STF

Ministros do Supremo dizem que episódio é “didático”; recurso para diminuir pena será julgado na sexta. PGR pede a prisão preventiva de Carla Zambelli após deputada do PL deixar o Brasil
Reprodução/TV Globo
A decisão da deputada Carla Zambelli de fugir do Brasil após condenação unânime no Supremo Tribunal Federal em um dos casos a que ela responde na corte foi “didática”, nas palavras de um integrante da Primeira Turma. A partir disso, ele conclui, a apreensão de passaportes “deve ser vista como regra geral” na corte em casos semelhantes.
Tida como radical até dentro do PL, Zambelli, portanto, produziu mais um revés prático aos seus partidários. O recrudescimento da vigilância a personagens investigados no inquéritos que tratam da tentativa de golpe de Estado e outros ataques às instituições é visto como “inevitável”.
Ao tentar copiar Eduardo Bolsonaro — que não é alvo de condenação e, portanto, desfruta de condição muito diferente da deputada — Zambelli sinalizou que a fuga da Justiça se tornou uma espécie de “tendência”.
O recurso apresentado pela defesa da deputada para tentar minorar a pena de 10 anos já imposta pelo STF será julgado em sessão extraordinária e virtual da Primeira Turma na sexta-feira. A fuga, nesse sentido, também não ajuda a argumentação a favor da bolsonarista.
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