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Exposição imparcial dos fatos
Fraudes no INSS: PF pediu ao STF prisão de Weverton e de número 2 da Previdência; PGR foi contra


O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta quinta-feira (18) o sigilo da decisão que autorizou uma nova fase do Operação Sem Desconto, que apura desvios em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS.
Conforme o documento, a Polícia Federal chegou a pedir as prisões do senador Weverton Rocha (PDT-MA) e de Adroaldo Portal, agora ex-número 2 do Ministério da Previdência Social.
A Procuradoria-Geral da República, no entanto, se manifestou contra as prisões.
Diante disso, o ministro André Mendonça autorizou somente mandados de busca e apreensão contra o senador Weverton Rocha e determinou o afastamento e a prisão domiciliar de Adroaldo Portal, que foi exonerado do Ministério da Previdência após a operação.
🔎 Em abril, investigações da PF revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
Conforme a decisão de Mendonça, a investigação da PF dedica ao senador Weverton Rocha um “capítulo extenso” das apurações, “em razão da alegação de sua posição de liderança política e possível posto de comando dentro da organização criminosa estruturada por ANTÔNIO CARLOS CAMILO ANTUNES”.
A PF aponta que “o SENADOR WEVERTON teria se beneficiado dos valores ilícitos provenientes dos descontos associativos fraudulentos, como também teria relações próximas com os integrantes da organização criminosa investigada na ‘Operação Sem Desconto'”.
Ainda conforme as investigações da PF, Weverton Rocha teria atuado “como beneficiário final (“sócio oculto”) de operações financeiras estruturadas pela organização criminosa, recebendo recursos ou benefícios por meio de interpostas pessoas, alguns seus assessores parlamentares”.
Senador Weverton Rocha (PDT-MA)
Waldemir Barreto/Agência Senado
Segundo a decisão de Mendonça, a Polícia Federal destacou, ainda, que os principais investigados pelas fraudes no INSS mantinham “vínculos estreitos” com agentes políticos, especialmente Weverton Rocha, que seria um “sustentáculo político” da operação criminosa.
Para os investigadores, isso “ampliava a capacidade de influência e blindagem institucional do grupo”.

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